top of page

Você sabia?

darkdna.png

A "matéria escura" do DNA é uma denominação para partes do genoma que antigamente eram conhecidas por DNA lixo ou Junk DNA, por se acreditar que não tinham nenhuma função óbvia para o organismo. Com o avanço das pesquisas no campo da genética foi descoberto que o que era conhecido como lixo, na verdade tem uma função muito importante, a de gerenciar a interação entre os genes.

Estudos recentes em uma parte da matéria escura conhecida como "ultraconservada" (sequência de matéria escura idêntica e presente em muitos vertebrados conservada à milhões de anos) mostraram que esta parte do DNA desempenha funções no controle do células e outros tecidos, atuando principalmente no sistema nervoso. 

Tudo indica que a matéria escura do DNA não é constituída de genes de verdade, embora contenham instruções importantes para a produção de proteínas por meio de um sistema complexo de controle genético

darkmatterdna.png

As recentes descobertas ligam o controle genético desempenhado pela matéria escura à doenças como esclerose múltipla, lúpus, epilepsia e até o Alzheimer. Os autores da pesquisa fazem até mesmo uma menção da influência destes controladores em características físicas como a altura e a massa corpórea. Ou seja as sequências ligadas a estas doenças não se encontram nos genes em si, mas sim nos controladores presentes na matéria escura do DNA.

Com isso podemos concluir que grande parte do nosso genoma é composto por controladores com a importante função de ligar e desligar genes. O que era conhecido por DNA lixo, na verdade apresenta importantes funções. Tão importantes que vêm sendo conservado em várias linhagens de vertebrados ao longo da evolução. Contudo ainda tem muito para ser desvendado sobre a matéria escura do DNA.

Referências

Dickel, D. E., Ypsilanti, A. R., Pla, R., Zhu, Y., Barozzi, I., Mannion, B. J., ... & Lee, E. A. (2018). Ultraconserved enhancers are required for normal development. Cell, 172(3), 491-499.

Bejerano, G., Pheasant, M., Makunin, I., Stephen, S., Kent, W. J., Mattick, J. S., & Haussler, D. (2004). Ultraconserved elements in the human genome. Science, 304(5675), 1321-1325.

bottom of page